terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Cesárea Consciente

A Cesariana ou parto cesáreo deve ser realizado somente em situações de risco para mãe ou para o bebê.
 Sua taxa não deveria ultrapassar, conforme a OMS recomenda, 15 % do número total de partos. Sabemos que na prática no Brasil este número chega a mais de 80% em alguns hospitais.

A Cesárea Consciente
A Cesariana deveria ser indicada nas seguintes situações:
  • Prolapso de Cordão: situação rara, em que o cordão sai antes da saída do feto, o fluxo de sangue é comprimido, ocasionando falta de ar para o feto.
  • Descolamento prematuro da placenta.
  • Placenta prévia: quando a placenta fica aderida à abertura interna do colo do útero e assim obstrui completamente a passagem do feto.
  • Sofrimento Fetal: através do monitoramento do BCF (batimento cardíaco fetal), constata-se que o feto não está em condições adequadas para sua sobrevivência.
  • Doenças maternas: Eclâmpsia ou Síndrome Hellp, Herpes genital ( quando há lesão ativa),
  • HIV: a transmissão para o feto fica diminuída quando se faz parto cesáreo.
  • Cirurgias ginecológicas prévia: extração de miomas uterinos.
  • Cesárea anterior se houver gestação gemelar .
  • Apresentação anômalas: feto córmico (transverso)
Apenas nestas situações acima é que a cesariana deveria ser indicada, mas sabemos que  os bebês são impedidos de entrarem neste mundo no seu tempo e ritmo, pois muitas vezes quem determina a data da sua chegada é o médico, que orienta as mulheres a marcar a data de uma cesariana eletiva desnecessariamente ou por falta de informação e medo as mulheres optam por esta via de nascimento.

Considerações para não fazer cesárea eletiva (com hora marcada)
Quando marca o parto sem esperar o bebê dar o sinal, este não recebe nenhuma informação psicofísica sobre o nascimento, a mãe não entrou em trabalho de parto, não houve mensagem química ou emocional. O bebê é recebido de forma abrupta sem nenhuma preparação. Fisicamente durante o trabalho de parto o bebê sente as contrações uterinas como estímulos táteis, como se estivesse recebendo abraços e mãe e bebê estão sob efeito de um mar de hormônios considerados do amor que aumentam a sensibilidade emocional facilitando a formação de laços afetivos.

A separação do bebê da sua mãe pode gerar um sentimento de medo e desamparo no recém nascido, dificultando suas futuras relações com os pais e com o mundo.
Estudos em relação aos bebês que não vivenciaram o trabalho de parto mostram a incidência significativamente mais elevada de distúrbios respiratórios, alergias e outras doenças no primeiro ano de vida.

O índice de desmame precoce em bebês que nascem de cesárea é maior. Por falta de estímulos hormonais a descida do leite pode ser demorada, o que gera muita angústia.
As mulheres tendem a ter maiores dificuldades em assumir seu papel de mãe, pois sentem debilitadas precisando de maior apoio.

Caso a cesárea seja necessárea, como a queremos?
  • Primeiramente a mulher tem que ter certeza de que o procedimento é realmente necessário e aceitá-la;
  • De preferência vivenciar uma parte do trabalho de parto;
  • Ter presença de acompanhante (companheiro se possível) durante o trabalho de parto e no centro cirúrgico;
  • Profissionais comunicarem sobre cada procedimento;
  • Calma, respeito, sem barulho ou conversas paralelas;
  • Braços livres;
  • Se possível sem manobras de Kristeller;
  • O bebê ser levado à mãe assim que ele nascer, contato pele a pele;
  • Exames do lado da mãe;
  • Amamentação logo após o parto, ainda no centro cirúrgico;
  • Alojamento conjunto, mãe e bebê no quarto.

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